17 de jul. de 2012

Nadadores baianos carimbam passaporte para Londres

Fonte: varelanoticias.com.br

Festa nas águas da Bahia com a conquista do índice paraolímpico de dois baianos: Verônica Almeida e Ronaldo Santos. O feito aconteceu na última seletiva para os Jogos de Londres, no mês passado em São Paulo.

Ronaldo Santos:


Quando criança teve poliomielite, que o obriga a caminhar apoiado em muletas. Os obstáculos em sua vida pareceram diminuir quando ele encontrou no esporte uma maneira de vencer desafios. Um verdadeiro “rato de praia” das areias de Jaguaribe em Salvador, Ronaldo já chegou a conquistar títulos internacionais de Frescobol, mas foi nas águas que ele vem se destacando mais, e também é de onde tira seu sustento. Hoje, Ronne, como é conhecido, é um dos principais nomes da natação paraolímpica do Brasil. Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara em 2011, o baiano vai com tudo para Londres, participar de sua 1ª Paraolimpíada. Nadando na categoria S-7, suas provas serão os 50m e 100m livres, 100m costas, e sua principal prova será os 400m livres, onde espera nadar para 5 minutos e 10 segundos, tempo que certamente o colocará numa final olímpica.

Verônica Almeida:

Quando uma pessoa é diagnosticada com a Síndrome de Elhers Danlos, doença rara, sem cura, de caráter degenerativo que afeta a produção de colágeno por todo corpo, a reação comum é a depressão e a falta de perspectivas, mas Verônica não é uma pessoa comum, ela é uma atleta com sede de vitórias e sede de viver. Sua condição de saúde delicada a fez ter mais ímpeto para treinar, mesmo com a medicina lhe dando apenas 2 anos de vida. A batalha por tempos melhores se estendeu por uma verdadeira batalha pela vida, e a natação tem sido responsável por uma melhora tanto no lado emocional quanto no diagnóstico geral da doença. O esporte ajuda no controle do colágeno e permite que a atleta continue vivendo. A melhora na saúde de Verônica é mais uma vitória numa trajetória marcada por superações. Todos os dias, quando acorda às 05h30min para treinar, é um novo desafio. Ao entrar na água e se libertar de sua cadeira de rodas Verônica vai de braçada em braçada a caminho de Londres. Rumo à sua 2ª Olimpíada, ela se recorda de uma das conquistas mais importantes de sua carreira, justamente nas Paraolimpíadas de Pequim 2008, quando se tornou a primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica para o Brasil na natação, um bronze nos 50m borboleta: “Foi algo inesquecível, que só de lembrar me enche de emoção e me motiva a continuar treinando”.


Também na categoria S-7, Verônica vai encarar as provas de 50m e 100m livres, além de sua prova principal, os 50m borboleta. Nesta última, a baiana espera cravar a incrível marca de 36 segundos, tempo que possivelmente a colocará em mais um pódio olímpico. Suas principais rivais serão uma americana e uma australiana.

Boa sorte camaráguas!!!

Sou mais água!!! Uno somos e tudo soma no mais!!

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